Transporte de cargas adere à tecnologia RFID na pandemia
Como consequência da pandemia de Covid-19, 77% das PMEs (pequenas e médias empresas) brasileiras adotaram o trabalho remoto, conforme o estudo global realizado pelo software Capterra e pelo instituto de estudos Gartner. A pesquisa ouviu 4.600 profissionais da Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália, México e Reino Unido entre os dias 4 e 14 de abril.
O home office, por sua vez, impulsionou o setor de transporte de cargas, que se movimentou para suprir demandas destas empresas como o deslocamento de malotes, documentos e outros objetos (tais quais móveis de escritório). Em resposta, as empresas de malote adotaram tecnologias como a RFID (“Radio-Frequency IDentification”, em inglês) para garantir a segurança no transporte das encomendas – sistema que utiliza a frequência de rádio para detectar e capturar dados.
Em 2020, o país registrou 14.159 ocorrências de roubos de cargas, segundo levantamento da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística). Ainda segundo a entidade, os prejuízos computados ao setor somam R$ 1,2 bilhão. Divulgado desde 1998, o relatório tem como base informações colhidas em fontes formais e informais.
Vladimir Sanchez Filho, CEO da empresa de logística GSM LOG, acredita que a tecnologia RFID trouxe um impacto positivo ao ramo de transporte de malotes, documentos e cargas. “A inovação traz uma série de benefícios a uma operação, como controle exato do que se está movimentando, agilidade e ganho no tempo de leitura que as tags possibilitam”.
RFID traz segurança para empresas de transporte
Filho explica que a maior adesão à tecnologia RFID se deu em 2020, com o início da pandemia. “Empresas do ramo absorveram uma nova modalidade logística, com a entrega de doações e dos chamados ‘kits home office’. No momento em que as PMEs contratavam um novo funcionário, essas empresas ficaram responsáveis pela entrega de notebooks, mesas, cadeiras, entre outros equipamentos”.
Na sequência, segundo o especialista, houve a retomada do mercado, momento em que as empresas passaram a abastecer as filiais dos clientes com produtos de higiene e cuidado contra a Covid-19, como máscaras, luvas e álcool em gel.
Segundo Filho, a tecnologia RFID se mostrou uma forte aliada para o setor, já que garante 100% de controle da ação. “Através das tags, conseguimos controlar a operação em tempo real. Isso trouxe um conforto para nosso processo, e, para nossos clientes, diversas ferramentas de indicadores para facilitar a gestão com relação ao serviço”.
Para o CEO da GSM LOG, a crescente estruturação das empresas do ramo demonstra o amadurecimento do mercado, que investe mais a cada dia em medidas de segurança para responder com celeridade não apenas às demandas, mas aos riscos que fazem parte do processo.
“Trata-se de uma inovação importante e que é tendência para o setor de transporte, pois não só rastreia os motoristas, mas é capaz de ler centenas de tags em malotes em segundos. Algo que com certeza deve favorecer o crescimento do mercado pós-pandemia”, conclui.
Fonte: terra.com
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